terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Por que Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de 2015?



Por que Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de 2015?

Falar bem de um filme como Mad Max: Estrada da Fúria chega a ser repetitivo. O filme consta simplesmente uma das maiores aprovações de público e crítica da história do cinema, com 98% de aprovação no Rottem Tomatoes. Esse filme dividiu, basicamente, entre os que o idolatram e os que estão errados. Os poucos defeitos que apontam, como que "o filme não tem história", são tremendamente discutíveis pois o filme tem muita história SIM e conta ela apenas por sugestões visuais.
Não ter um diálogo expositivo e um narrador em OFF para te conduzir pela trama é, a bem da verdade, mais um ponto positivo do filme. Quem não está acostumado com distopias confunde isso com preguiça, mas não é. Anthony Burgess ao escrever Laranja Mecânica fez o mesmo que George Miller em Mad Max: Estrada da Fúria; jogar você num mundo estranho em um futuro indeterminado. No Laranja Mecânica você, leitor, é tratado como um viajante no tempo que é jogado num contexto já estruturado e você mesmo precisa deduzir, fazer as ligações e decifrar a sociedade: isso inclui o modelo de governo e até mesmo a dinâmica das gangues descritas, o dialeto Nadsat, e até as gírias usadas; como "Droog" e "Horroshow". Em Mad Max: Estrada da Fúria, você tem Immortan Joe, uma mistura de líder religioso com Rock Star, os Warboys, Kamicrazy, garotos de "meia-vida" que acreditam que todo seu propósito de vida é se preparar para a morte, através de sacrifícios e combates em nome de Immortan Joe para, então, serem conduzidos ao Valhalla (sim, da mitologia nórdica). O culto ao V8. Enfim, o filme não carece de história, tem até história demais, e ótimas histórias.
Mas, independente das excelentes histórias, da convincente ambientação gráfica de um mundo pós-apocalíptico, da imersão competente no seio de uma sociedade composta por homens e mulheres reduzidos ao instinto de sobrevivência, do ótimo sub-texto feminista (ótimo porque não é chato, misândrico, histérico e forçado - como costuma ser hoje em dia), dos efeitos práticos espetaculares (esse filme atropela qualquer filme do Michael Bay), da competência do diretor em cenas de ação inacreditáveis (com planos abertos, sincronia circense, ângulos inventivos e sem a PORRA da câmera tremida), do cara tocando guitarra no meio da perseguição no deserto (melhor ideia ever), de tudo isso ser feito por um vovô de 70 anos que dirigiu Baby: O Porquinho Atrapalhado e Happy Feet: O Pinguim (são legaizinhos vai), existe algum BOM motivo para não dar o prêmio para esse filme como MELHOR filme de 2015?

Mad Max: Estrada da Fúria, talvez ganhe em todas as categorias circundantes mas, na hora de escolher o melhor filme, veremos que o estigma do gênero, especialmente "filme de ação", ainda pesa muito e iniba os bolas-murchas da academia. Independente de levar ou não a estatueta que fique registrado: Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de 2015. E PONTO FINAL.

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