quinta-feira, 25 de junho de 2015

Crítica: The Last House on the Left (Wes Craven, 1972)


The Last House on the Left é o primeiro filme de Wes Craven, que mais tarde ficaria conhecido por dirigir "A Hora do Pesadelo" e produzido por Sean S. Cunningham, que mais tarde ficaria conhecido por dirigir "Sexta-Feira 13".
Estamos falando de um filme de 1972 dirigido e produzido pelos responsáveis das 2 mais bem sucedidas franquias de filmes de horror de todos os tempos.
Aniversário Macabro, como ficou conhecido aqui no Brasil, tem uma história simples. Duas adolescentes são torturadas por psicopatas que mais tarde pediriam abrigo na casa dos pais de uma delas.
As duas adolescentes, que protagonizam as cenas mais odiáveis do filme, são Sandra Cassel (interpretando Mari Collingwood), uma das piores atrizes que eu já vi na vida, e Lucy Grantham (interpretando Phyllis Stone), que basicamente só fez esse filme na vida.
Temos no elenco também Fred J. Lincoln (interpretando Fred "Weasel" Podowski, um vilão). Um ator que basicamente só fez apenas filmes pornográficos em sua carreira.
Jeramie Rain, que faz a única mulher do grupo criminoso, Sadie.
Temos Marc Sheffler como Junior Stillo, o mais jovem do grupo.
O líder do grupo, Krug Stillo, é interpretado por David A. Hess, que também compõe a trilha sonora do filme. Uma trilha sonora de músicas country/folk que não combinam em nada com as cenas e o clima do filme, dando algumas vezes tom de piada.
Por falar em piada existe um núcleo cômico (sem graça) do filme na figura atrapalhada de dois policiais.
Segundo Sean S. Cunningham, no livro "Sexta-Feira 13: Arquivos de Crystal Lake" (David Grove), relata que o filme teria como meta provocar a censura da indústria cinematográfica norte-americana, que via violência com extrema sensibilidade. Isso, envolto num tom crítico e até de denúncia, pois há muita influência da cultura hippie nesse filme e a memória da violência real na Guerra do Vietnã. Existe algo no filme dizendo "como vocês podem censurar a violência no filme se vocês praticam ela de verdade sem nenhum pudor?".
Não sei se isso é sincero ou se é uma tentativa de intelectualizar o filme (vai que cola).
Não me fechei ao senso crítico e concluo sem dó que é um filme de mau gosto. Simples.
Há quem diga que essa é a intenção mesma do filme. Tenho minhas dúvidas.
O filme é um miscelânea de cenas de estupro, torturas nojentas e aflitivas, um excesso de sadismo gráfico e pouco envolvimento climático.
Uma hora e meia com personagens estupidamente estereotipados e desagradáveis numa ciranda de morte.
No final, não passa de uma poça cinematográfica de sangue misturado com lama e porra.
Apesar de não me fechar ao senso crítico também tenho consciência que o filme tem sua importância.
Não podemos tirar o crédito do filme ser, de certa forma, ousado. Vemos hoje grandes produções explorando certa violência explícita como "Jogos Mortais", o "Albergue" e tantos outros. The Last House on the Left fazia isso tudo e é um filme de 1972, o que coloca ele anos luz na frente destes outros filmes em matéria de coragem e desafio.

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