sexta-feira, 17 de julho de 2015

A Bela Junie


A Bela Junie é um drama francês lançado em 2008.

A história do filme gira em torne de Junie, uma adolescente de 16 anos que, depois da morte de sua mãe, vai viver com seus tios. Ela entra na mesma escola de seu primo Matthias e já chama atenção de seu grupo de amigos pela beleza. Logo começam a se interessar por ela. Junie acaba se relacionando com o tímido Otto.
Nemours (interpretado pelo galã Louis Garrel), o professor de italiano da escola, um jovem bonito e com fama de sedutor, também acaba se apaixonando por Junie, no entanto, apesar dela se sentir atraída por ele, resiste. Todo filme é baseado no desenvolvimento e na articulação desses sentimentos. Desenvolve levemente a ideia de que paixões não são feitas para durar e que, muitas vezes (ou na maioria das vezes), apenas preenche vazios existenciais.

O filme foi premiado na categoria "melhor argumento" no Festival de Cinema Europeu de Lecce em 2009 e também indicado em outras categorias, entre elas melhor ator revelação (para Grégoire Leprince-Ringuet, que faz o tímido Otto) e melhor atriz revelação (para Léa Seydoux, que faz Junie no filme).

O diretor, Christophe Honoré, também é autor de livros para crianças e adolescentes. Seus romances abordam temas como AIDS e suicídio (que é tratado nesse filme). Como cineasta é um novato, começou em 2001. Porém é um cineasta produtivo. Em 11 anos fez 11 filmes.
Apesar de ter escrito bastante livros sobre o tema Bela Junie não é uma adaptação de nenhum de seus livros e sim de um romance clássico chamado La Princesse de Clèves, de Madame de La Fayette. Um romance publicado em 1678 considerado por muitos como o início da tradição moderna do romance psicológico.
Analisando as características de um romance psicológico vemos muito disso no filme: Os motivos intimistas e os comportamentos determinados por "fluxos de afeto".
O enredo do filme é quase uma cópia do livro. Até mesmo a idade da protagonista é a mesma: no livro Mademoiselle de Chartres também é uma adolescente de 16 anos.

Tanto no livro quanto no filme a personagem principal é a força motriz de toda a história. Uma jovem misteriosa que chega de repente num lugar e, apenas com sua presença, consegue desconcertar todo o cenário em volta.

A força desconcertante em Junie está num paradoxo entre sua aparência frágil e no fato dela ter, o tempo todo, total controle da situação em volta.
Junie é uma garota que desperta paixões mas é cética em relação a elas e bastante resistente e racional. É interessante notar que toda essa lucidez nas paixões emana de uma personagem tão aparentemente sentimental. A desconstrução se torna ainda mais escandalosa pois se dá em um ambiente tão propício a paixão e aos exageros de um romance bobo, que é o ambiente parisiense.

Tudo isso no filme é passado de forma bem suave. Temos, afinal, um filme bem simples porém agradável. Nota 7.

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